segunda-feira, 14 de maio de 2007

Nzinga Mbandi leva dramas sociais ao Avenida neste fim-de-semana

Adriano de Melo
Factos do quotidiano e as consequências do mau relacionamento familiar são as propostas dramáticas que o grupo teatral Horizonte Nzinga Mbandi se propos a apresentar sábado e domingo, na sala de espectáculos do Teatro Avenida.
As peças, intituladas "Ser taxista" e "Palavras e rosas", são dois dramas que têm a intenção de despertar a sociedade civil para as actuais problemáticas da família angolana e o futuro social da juventude. "Pretendemos repor alguns valores cívicos, de maneira a educarmos a população na construção de uma nova sociedade", explica Hamilton Ernesto, membro da direcção.
Segundo este, a peça de sábado, "Ser taxista", foi encenada com o intuito de apresentar a situação dos jovens quadros angolanos e buscar, no desenrolar da mesma, chamar atenção a sua urgente revalorização. A obra narra a história de Sebastião, um jovem formado em Cuba que na busca incessante e inútil por um emprego, vê a saída no trabalho de táxi.
Neste ofício, segundo o enredo, é que Sebastião começa a encontrar problemas, pois a sua nova vida laboral o obriga a descurar dos seus deveres e obrigações para com a família. "As brigas e o desentendimento com os familiares começam a ocorrer nesta altura. Portanto, o que vamos levar ao Avenida não é só a história do Sebastião, mas sim a de muitos jovens que vêem num simples trabalho a possibilidade de poderem sustentar suas famílias", avançou.
Em relação a proposta dramática de hoje, domingo, "Palavras e rosas", Hamilton Ernesto disse que a mesma levará ao Teatro Avenida uma peça muito próxima do estilo da tragédia, baseada na história de dois irmãos gémeos (Carlos e Manucho) apaixonados pela mesma jovem (Rosa), sem saberem ser esta sua irmã.
Depois de inúmeras tentativas, contadas em aproximadamente uma hora, os dois jovens descobrem que esta é sua irmã, desconhecida devido ao segredo oculto pela sua mãe sobre um relacionamento tido com o falecido pai de Rosa. "Nesta peça também preocupamo-nos com outro problema actual, a infidelidade. Esta prática tem se tornado muito comum nos últimos dias e por vezes, sem querer, elas podem trazer inúmeras dificuldades no futuro", rematou.

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