Fernando Cunha
Eis-nos chegado ao primeiro dos 130 dias que ainda faltam para a consumação do grande objectivo da nação, o “anel” de campeão do Afrobasket-2007, a 26 de Agosto, no gimnodesportivo da Cidadela.
Hoje é o dia em que Alberto de Carvalho “Ginguba”, o seleccionador nacional seniores masculino, apresenta, publicamente, a lista dos 17 pré-convocados para a grande empreitada que o país quer conquistar: o nono título africano de basquetebol do escalão principal.
As obrigações de Angola no concerto basquetebolístico africano são vastas. Mais ainda é a conquista do título no Afrobasket-2007, pois ele concede o único passe que o continente tem direito para o torneio de basquetebol dos Jogos Olímpicos de Beijing-2008, na China, espaço que os actuais “Octo-Campeões” dominam desde 1992, quando em Barcelona efectivaram a sua primeira participação no maior evento desportivo do planeta.
De lá para cá – embora com várias gerações de atletas e todos eles de enorme qualidade -, a modalidade mais representativa e respeitada do desporto angolano fora das suas fronteiras, disputou ao lado das grandes estrelas da modalidade no mundo, os Jogos de 1996, em Atlanta; Sydney-2000, na Austrália, e Atenas-2004, na Grécia. Teve ainda o raro privilégio de “baptizar” a primeira participação de um “Dream Team”, numa competição fora do restrito circulo da NBA.
Jean Jacques da Conceição, José Carlos Guimarães, Manuel Sousa “Necas”, Paulo Macedo e Herlander Coimbra, os cinco juntinhos, defrontaram Michael Jordan, Ervin “Magic” Jonhson, Carl Malone, Charles Barkley, e Larry Bird - verdadeiras sumidades -, antes mesmo do resto do mundo com mais expressão no seio “basquetebol-Fiba” (como os americanos chamam o basquetebol praticado fora do circulo da grande NBA) o fazer, tendo no banco a orientá-los, o símbolo vivo da bola ao cesto angolana, o professor Victorino Eugénio da Silva e Cunha.
O tempo passou e depois de Victorino Cunha, lá só mais estiveram o malogrado Wlademiro Romero Fernandez e Mário Leonel Farias Borges de Palma. Hoje, Alberto de Carvalho “Ginguba”, começa um árduo trabalho que, todos os angolanos que gostam de desporto e adoram o basquetebol, querem que descambe num difícil e único objectivo: a sua entrada para o restrito clube de treinadores que orientaram Angola num torneio olímpico de basquetebol.
Ele assegura que irá convocar não mais que 17 basquetebolistas para a “operação Afobasket-2007”, alguns dos quais vão representar o país no Jogos Pan-Africanos, mas já deixou claro que o seu objectivo é trabalhar apenas para a principal prova da bola ao cesto continental, sendo que para os jogos de todos africano, a FAB vai optar por uma Selecção de Esperanças, com equipa técnica diferente, sendo que, a base da mesma, será constituída, na sua maioria, por jogadores que estiveram na I Edição dos Jogos da Lusofonia, realizados em Outubro de 2006, em Macau.
Com muito poucas opções de escolha, Miguel Lutonda, Joaquim Gomes “Kikas”, Eduardo Mingas, Carlos Almeida, Olímpio Cipriano, Victor de Carvalho e Abdel Aziz Bouckar, são escolhas obrigatórias na lista de eleitos de Ginguba.
No segundo pote de opções caem, seguramente, os nomes de Armando Costa, Carlos Morais, Milton Barros, Divaldo Bunga, Emanuel Neto, Luís Costa; ainda Victor Muzadi e Leonel Paulo. Sobram ainda as grandes surpresas que despontam no campeonato, Felizardo Ambrósio, Mayzer Alexandre e também os “irmãos” Camacho (Euclides e Feliciano).
Mas outros nomes poderão aparecer entre os 17 que Ginguba pretende pré-seleccionar para trabalhar até o Afrobasket.
A apresentação será hoje, às 18H00, no anexo da Cidadela, sendo que, para a ocasião, será realizado um jogo de exibição entre os futuros seleccionados e uma equipa composta pelos restantes jogadores angolanos não seleccionáveis e os estrangeiros que jogam na competição nacional, sendo os destaques da listas, os americanos Shannon Crooks e Fredrich Gentry, do Petro de Luanda, e o congolês democrático, Lifetu Selenge.
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