segunda-feira, 12 de março de 2007

Polícia Nacional recolhe mais de 140 mil armas em Angola

Fonte: VOA - Editado por AD

O volume de armas fora do controlo das autoridades angolanas ainda é significativo. Ainda assim, as autoridades entendem ter razões para estarem satisfeitas com o seu programa de recolha de armas em execução desde 1999.
O director nacional de ordem pública, subcomissário Livua Mário, disse à Voz da América que de 1999 a 31 de Dezembro de 2006 foram recolhidas mais de 140 mil armas de todos os calibres.
De acordo com o subcomissário Livua Mário, só no mês de Janeiro passado foram entregues voluntariamente em todo o país 352 armas. Ainda assim, e embora o volume de armas recolhidas até agora seja auspicioso, não dá para aferir da distância que ainda falta percorrer. «Neste momento é difícil determinar o número de armas fora do controlo das forças armadas»
Os casos de maior sucesso são as províncias do Huambo, Benguela e do Bié. O programa de recolha de armas vai neste momento na primeira fase de sensibilização, seguindo-se a fase da entrega voluntária pelos cidadãos. Depois disso o Estado partirá para a recolha coerciva de armas. O único incentivo será a segurança pública. «Está fora de hipótese proceder-se à entrega de verbas, por conseguinte, o governo angolano não pensa em comprar armas aos cidadãos».
Se em relação aos incentivos a polícia não tem dúvidas, em relação à existência de grupos armados, questão frequentemente levantada pela oposição, também está tudo esclarecido. Livua Mário desaconselha qualquer alegação que não se refira à polícia ou às forças armadas. Nem a defesa civil pode ser apontada como um caso.
«Eu sei que oposição aventou isto, referindo-se particularmente à defesa civil. Há bem pouco tempo, a DF prestou esclarecimentos a UNITA sobre o programa de desarmamento, apresentando números altos. Por conseguinte, a DF já não existe como organização. De resto, ela foi desmantelada por orientação do Ministério da Defesa. Existe apenas um pequeno núcleo que se ocupa do processo de reintegração dos indivíduos que no passado pertenceram à defesa civil».

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